Arquivo mensal outubro 2021

porIngrid Escardoa

O autoconhecimento e o foco nas suas habilidades

Só curamos o que olhamos. Logo, só conseguimos oferecer o que vivenciamos ou o que já perdoamos. Por isso o autoconhecimento é tão importante. Ele é a chave que liberta. Mas se engana quem pensa que vai ter resultados milagrosos, atalhos ou mudanças imediatas. Autoconhecimento é uma jornada. Ele tem começo, mas não tem um fim.

E como o autoconhecimento pode te ajudar? Ele faz com que você saiba quem você é, o que você gosta de fazer, onde você quer chegar, o que você merece e precisa fazer para que sua jornada tenha frutos. Você sabe suas qualidades e seus defeitos, e você já perdoou seus defeitos, se aceitando por inteira.

Quando nos vemos como uma pessoa completa e complexa, com forças e fraquezas, a opinião do outro passa a ser apenas a opinião do outro. Ou seja, o que ele te diz, a forma como ele te trata diz respeito somente a ele, é uma questão bem ou mal resolvida dele e não deve ser problema meu. Não deve ser um fardo ou uma insegurança para mim.

Quando tiramos nosso foco do outro, podemos nos olhar e identificar nossas habilidades, investindo nossas energias no que nos faz crescer. Isso nos dá a capacidade de criar, de inventar e de imaginar. De pensar nos detalhes, nos projetos e de trazer uma abordagem mais racional para nosso planejamento e nossos desejos.

Quando nos conhecemos e sabemos o que nos faz bem, não precisamos de outras pessoas de forma incondicional. Não são outras pessoas que nos completam. Estamos com elas porque escolhemos, não porque dependemos. Gostamos de estar bem acompanhadas, mas também valorizamos nosso momento sozinhas. Começamos uma aula de dança porque era nosso desejo, não porque tínhamos vergonha de treinar sozinha e fomos no que nossa amiga escolheu.

As pessoas que passaram ou que ainda estão na nossa vida, seja direta ou indiretamente são nossos presentes, nossos gatilhos. Elas agem como espelho, nos permitindo ver e perceber o que já existe em nós e que não está claro ainda. Elas são peças importantes no nosso processo de autoconhecimento e devemos cultivá-las por perto. Não mais do que isso.

porIngrid Escardoa

O segredo para ser segura e feliz é se aceitar

Você consegue baixar todas as barreiras, projeções, julgamentos e crenças limitantes que te impedem de receber amor próprio? De te ver como merecedora de felicidade e amor? Esse é o primeiro passo para uma vida feliz, com autoconfiança. É fazer as pazes com seu passado e entender que você merece ser amada.

Já pensou em quantas mulheres maravilhosas merecem cargos e relacionamentos melhores, mas nunca se sentem aptas? Você também é uma delas? Conhece alguém que não reconhece seu devido valor? Que tem receio de se expressar ou aparecer em público? Ou até mesmo acha que tem algo errado acontecendo, pois começa as coisas, mas tem dificuldade para finalizar?

Essas são algumas questões que acontecem pela ferida emocional da rejeição. É uma ferida profunda, que demanda uma avaliação aprofundada. Muitas vezes, precisa da ajuda de outra pessoa para chegar na origem e começar o processo de cura. Ela pode iniciar ainda no ventre materno, pelo pai ou pela mãe, ou ter mais força na infância.

A pessoa que sofre com rejeição nem sempre é rejeitada por todo mundo. Muitas vezes, ela tem um bom marido, uma chefe apoiadora, amigas parceiras, recebe elogios, mas ela não se sente merecedora. Ela se autossabota. Busca uma perfeição que não existe. Carrega a rejeição para todas as esferas da sua vida, sempre desconfiando e buscando algo errado. 

A rejeição é uma das 5 feridas emocionais (abandono, humilhação, traição e injustiça são as outras 4). Ela interfere em todos nossos relacionamentos, pois queremos ser amadas, mas não nos abrimos ao amor, porque não é seguro abrir o coração. A dor de uma nova rejeição é muito grande para ser suportada novamente.  

E como vencer o medo da rejeição?

  • Ocupar cada vez mais seu lugar como autora e protagonista
  • Ouvir cada vez mais sua auto afirmação de merecedora
  • Não desistir de si mesma, mesmo quando parece que ninguém está ali
  • Conseguir se sentir bem consigo mesma
  • Deixar de ser dependente afetiva
  • Saber o que quer e colocar sua energia para realizar seus objetivos e sonhos
porIngrid Escardoa

Como começa a síndrome da boazinha e como quebrar esse ciclo?

Agora que você já sabe o que é a síndrome da boazinha, eu te convido a quebrar esse ciclo e tomar o controle da própria vida. Confesso que não é tão fácil. Demanda muita força de vontade e amor próprio para se sentir merecedora de uma vida mais leve e não se sentir culpada de estar se colocando em primeiro lugar.

Dizer “não” é sempre necessário e nem sempre tem a ver com o outro. Na verdade, significa se posicionar, tomar consciência do seu próprio espaço, dos seus próprios limites. É sobre você. Como você vai conseguir dar limite aos outros se você não consegue colocar limite em você mesma? Para saber dizer “não” a alguém, é preciso começar por você. Entender até onde você pode ir com alegria e em que momento passa a ser um fardo. 

Dizer “não” pode ser muito difícil, especialmente pelo receio de magoar as pessoas, mas imagine o que você tem aguentado e suportado por não se colocar em primeiro lugar. Já pensou ficar na projeção do outro pelo resto da vida? Pare de acreditar que seu reconhecimento e sua utilidade está no que você faz pelo outro. Pare de ser moeda de troca. Não é egoísmo fazer as coisas pelo seu próprio bem. É amor próprio.

Toda compulsão é um vício, e com a síndrome da boazinha não é diferente. Ela começa ainda na infância, com a ausência, falta de afeto, carinho, aprovação, amor e confiança. Faltou receber limites, autonomia, segurança emocional. E tudo isso se reflete na vida adulta. São pensamentos e sentimentos de que as pessoas não vão amar você ou levar para o lado pessoal quando você prioriza suas necessidades. Sentimento de culpa de que sempre poderia ou deveria ter feito mais. Você está disposta a desagradar?

  • O primeiro passo é tirar as expectativas irreais sobre como você deve se comportar. Perfeccionismo não existe.
  • Para com regras autoimpostas. Você não é obrigada a fazer nada.
  • Apagar as falsas crenças que você é desastrada, lerda, etc.
  • Mudar a ideia de que mulheres precisam dar conta de tudo. Isso é uma questão cultural, não quer dizer que seja verdade.
porIngrid Escardoa

Síndrome da boazinha: você tem?

Você se preocupa tanto em agradar que não lembra da última vez que decidiu algo para você mesma? Ou, quando fez, ficou com tanto medo de decepcionar as outras pessoas que teve uma pequena crise de ansiedade e se arrependeu rapidamente? Ser boazinha o tempo todo é mais comum do que você imagina, mas não é bom para sua saúde, nem para sua autoestima.

A síndrome da boazinha não é uma doença, mas tem consequências físicas e psicológicas. Como o nome diz, é uma síndrome e até mesmo um vício, que está relacionada com um padrão de comportamento, que pode sim criar doenças psicossomáticas com o tempo.

Se você ainda tem dúvidas se é uma pessoa boazinha, aqui seguem as principais características. Aproveite para fazer uma autoavaliação:

  • Coloca as necessidades do outro sempre em primeiro lugar, esquecendo de si mesma e se anulando 
  • Busca aprovação e reconhecimento constante
  • Evita qualquer tipo de conflito, engolindo sapos com frequência
  • Pode se tornar vítima de pessoas abusivas e relacionamentos tóxicos ou abusivos
  • Tem muito medo de críticas e de julgamentos
  • Tem dificuldade de colocar limites ( emocionais, psicológicos, físicos, financeiro) 
  • É uma pessoa que se avalia pelo que faz pelo outro

A síndrome da boazinha deixa a pessoa sempre cansada, especialmente na sobrecarga mental, pois sua doação constante espera sempre um reconhecimento que nem sempre vem. A mulher acaba se tornando sempre disponível, necessária e servil. O medo de desagradar ou de ser colocada de lado é o que a move. Se sente sempre desvalorizada, desrespeitada, sobrecarregada, cansada, confusa.

E esse comportamento gera algumas dificuldades que podem ter efeitos para o resto da vida, como ter dificuldade de pedir ajuda, pois tem medo de incomodar ou de ouvir um não. Até mesmo do que o outro vai pensar. Dificuldade em delegar ou passar uma tarefa para outra pessoa, ficando sobrecarregada e se sentindo sempre necessária, presa na rotina e nas demandas do outro.

Uma dificuldade muito difícil é de se enxergar como merecedora. É achar que sua função e seu valor é sempre fazer pelo outro. Ela não é protagonista da sua própria vida. Acredita que fazer as coisas por ela é ser egoísta, talvez porque ouviu de alguém ou porque tem essa crença limitante de alguma questão na infância. 

Se identificou? Está disposta a desagradar os outros e agradar você? A pessoa mais importante da sua jornada? Conte comigo! 

porIngrid Escardoa

Autoconhecimento e rotina para construção do amor próprio

 

Para ter uma vida plena, é preciso estar livre. Se soltar das amarras que nos imobilizam, das culpas e do passado que nos paralisam. O amor próprio nasce quando entendemos que somos merecedoras e quando passamos a nos priorizar. Ele cresce e se fortalece com a prática. Por isso, no post de hoje, vou falar um pouco sobre autoconhecimento e como criar uma rotina de ações para te ajudar na construção do amor próprio.

Quando escolhemos mudar, temos a tendência de querer abraçar tudo e nos frustrar pelo excesso de coisas Comece devagar, com um passo de cada vez. Você não precisa ver o final do caminho, somente o próximo passo. O caminho se faz caminhando… Decida agora, escolha uma ou duas atitudes para iniciar ou deixar de fazer. De pequenos passos e comemore a cada vitória. Não se prenda tanto aos tropeços e comece a se parabenizar por suas pequenas conquistas. 

Algumas ideias de atitudes que você pode fazer para começar seu processo de amor próprio:

  • Se afaste de pessoas que roubam sua paz e sua energia
  • Resgate boas e velhas amizades
  • Recupere projetos que foram abandonados
  • Volte a estudar ou comece um curso
  • Viaje sozinha
  • Vá ao cinema, leia um bom livro ou caminhe sozinha
  • Mude o cabelo, o perfume, coloque sua roupa mais bonita pra você mesma. 
  • Cante, dance sem se julgar, ou faça uma atividade física
  • Aprenda a dizer não, estabelecendo limites sem medo ou culpa
  • Pare de se comparar, de se criticar e de se julgar.

E como descobrir o que você realmente gosta de fazer e quão maravilhosa você é? Se pergunte sempre do que você gosta e quais as características que mais admira em você. Relembre qual o livro e o filme você mais gostou, quando você não precisou agradar a ninguém. Essa resposta vai te ajudar nas próximas escolhas.

Olhar para dentro de si pode ser a coisa mais desafiadora e dolorosa que você pode fazer, mas não olhar pode ser muito mais cruel. Pague o preço que for necessário para se conhecer, reconhecer e se reconstruir. Antes de sermos plurais, precisamos ser singulares. Aprenda a ser seletiva com que vai abrir seu coração. Você merece alguém digno do seu amor. Coloque o foco sempre em você, isso não é egoísmo, isso é autoamor. 

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